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Musicão
O termo hermético dificilmente vai ser usado para a música popular brasileira, que já nasceu aglutinando diversos ritmos dos mais sofisticados aos tribais e com essa licença que Criolo coloca no mercado “No na orelha”, um disco riquíssimo, no qual há a licença para interferências diversas e encontros musicais inesperados.
Criolo foi corajoso ao injetar mais vida no Hip-hop, que já vinha um tanto desgastado. O revigorou com grandes músicos, que fizeram a ponte entre o jazz, samba, hip hop e afro. Num primeiro instante os desavisados podem tentar estreitar a ligação sonora de Criolo a Marcelo D2. Porém, com extrema inteligência tira o chão para dúvidas sobre suas arquitetações certeiras.
Outro detalhe que soma a “No na orelha”, é o ótimo timbre de voz de Criolo, que realmente canta e tem linhas melódicas interessantes, diferente de muitos aficionados do hip hop e rap que seguem letra à letra a cartilha americana. Os temas das letras são outro cardápio saboroso à parte, que mostra um compositor bem informado e versátil.
“No na orelha” do Criolo é mais um dos discos prontos para entrar nas listas dos melhores todo país em 2011.
Musição
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